quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ESQUELETO DE UM PROJETO DE MONOGRAFIA



Professor: Adelma Lúcia de Oliveira S. Araujo
Assistentes: Emiliano de Souza Paula e Felipe de Souza Gonzaga
Mídias na Educação
Polo Ipatinga
Aluno: Vinícius Horta Albuquerque Miranda

1.      Introdução

O período posterior ao término da Ditadura Militar de 1964-85 é comumente associado a uma redemocratização política e quase nunca a uma redemocratização econômica. Os primeiros anos deste período são marcados por uma grande instabilidade política devido aos problemas econômicos herdados dos militares e cuja principal preocupação dos governantes que os seguiram será a de controlar esse “monstro”. Neste sentido, surgiram diversos planos econômicos cujos objetivos eram (re)democratizar o consumo no país e que tiveram algum sucesso momentâneo, mas logo em seguida mostraram suas fraquezas agravando ainda mais o problema. A crise econômica brasileira estava muito além da inflação, para ser resolvida havia a necessidade de modernizar a economia do país. Inseri-lo de fato na globalização e atrair investimentos externos tornou-se imprescindível. Basicamente, por esta razão o neoliberalismo cresceu no país e dá início aos projetos de privatizações e elevação das taxas de juros. Foi um período longo e doloroso, o patrimônio nacional diminuía e a inflação crescia fermentada por escândalos de corrupção. O projeto que deu maior fôlego para a economia brasileira veio oito anos depois da primeira eleição presidencial pós-ditadura e se inspirou enormemente no primeiro de uma série de planos, o Cruzado. O Plano Real buscou não somente os teóricos que o elaboraram, mas também algumas de suas medidas, como, por exemplo, o aumento da carga tributária e o congelamento do câmbio. Todavia se diferenciou dele e dos demais por ter sido mais abrangente nas suas medidas e ter encontrado terreno propício à estabilidade, uma vez que a recomposição do tesouro nacional (através das privatizações, aumento da carga tributária, enxugamento da máquina e criação do Fundo Social de Emergência) deu o lastro necessário à nova moeda que pôde contar por quatro anos com a paridade com dólar.
A importância do Plano Real não acaba com o sucesso prolongado de combate à inflação. Para muitos historiadores e economistas ele é visto como uma das causas para outros problemas que tiveram suas soluções adiadas devido à urgência de combate à inflação. O programa de privatização teve como uma de suas justificativas a transferência dos investimentos para a iniciativa privada, uma vez que se ficasse responsável pelo Estado, o governo seria obrigado a emitir títulos da dívida pública e papel moeda sem lastro o que agravaria ainda mais a inflação; a elevada taxa de juros ao mesmo tempo em que atraía investidores internacionais desestimulava a indústria nacional a investir no setor produtivo, a diferença é que o capital externo vai embora nos momentos de crise (1996 e 1999) e o investimento nacional fica. O soldo dessas medidas teve algo positivo nos 2 primeiros anos, mas depois o mercado cobrou essa conta: o desemprego aumentou, ultrapassando os níveis de 1993; a dívida pública aumentou drasticamente e as inúmeras vendas de dólares feitas pelo Banco Central corroeram o tesouro nacional obrigando o governo a liberar a flutuação do câmbio. Ou seja, praticamente tudo que o governo fez para conseguir a estabilidade da moeda foi embora na tentativa de assim mantê-la.

2.      Tema da proposta

Plano Real: implementação, consolidação e consequências.

2.1  Delimitação do Tema: problemas, questões a serem investigadas  

Previamente será analisado o contexto político-econômico do país no período anterior à implementação do Plano Real – governos Sarney e Collor. A partir daí será discutido o porque das medidas adotadas nos planos anteriores não obtiveram sucesso: congelamento de preços, gatilho salarial e confisco da caderneta de poupança. Esta análise servirá de contraponto ao ser estudado o Plano Real, uma vez que a condição econômica do país a partir de 1994 já estava mais favorável ao seu “sucesso”. Será colocada em debate a maneira como as privatizações contribuíram para o funcionamento do plano; a forma encontrada pelo governo para acumular riqueza; e as consequências geradas por essas medidas de austeridade.


2.2  Justificativas:

2.2.1        Justificativa de cunho teórica

O porque de se compreender este tema está na base política e econômica do desenvolvimento histórico do país na virada do século XX para o XXI. A tentativa de combater a inflação não só elegeu um presidente como depôs outro. As ações políticas e econômicas ao longo de quase toda a década de 1990 tiveram como objetivo estabilizar a economia para propiciar o seu desenvolvimento que foi acelerado a partir dos anos 2000. E por conta disso, as medidas do Plano Real foram, mesmo que a um elevado preço, responsáveis pela reinserção do Brasil na economia global.

2.2.2        Justificativa de cunho social

O desenvolvimento do pensamento crítico em relação à história recente se torna imprescindível, uma vez que o presente no qual se vive está relacionado diretamente com ela. Entender as bases políticas e econômicas que deram origem ao contexto atual dá ao cidadão a capacidade de analisar bem os discursos dos dois blocos políticos que em até certo ponto se mantiveram em lados oposto no espectro político nacional. O PSDB viveu a época da estabilização já o PT o da consolidação econômica. Nos dias atuais ambas as partes querem creditar o bônus do recente desenvolvimento brasileiro à sua conta. Caberá por tanto ao cidadão analisar os discursos, fatos e versões de cada uma das partes para tomar sua decisão. Infelizmente, apenas com esta proposta será difícil compreender o contexto histórico atual do país, no entanto ele dará suporte a um aprofundamento destas questões que estão fora de seu limite.

2.3  Objetivos: geral e específicos

Discutir e analisar o contexto econômico brasileiro a partir do ano de 1994, dando ênfase às alterações causadas pela implementação do plano e debater acerca das temáticas: Estado-mínimo; privatizações; inflação; dívida externa; dependência externa; desemprego; crise cambial e discutir até que ponto o Plano Real influenciou nessas questões.

3.      Marco Teórico

“(...) com relação ao seu papel no interior da política de estabilização, podemos constatar que, do ponto de vista da solução para o problema da dívida interna, as privatizações não conseguiram, nem de longe, impedir o seu impressionante crescimento. Mesmo no que concerne ao plano externo da economia, onde o objetivo com as privatizações era permitir a entrada de capitais estrangeiros na forma de investimento diretos, dando um tempo maior para a política de estabilização substituir a “âncora cambial”, o Governo não obteve sucesso. A situação se deteriorou rapidamente e a crise cambial se abateu sobre o país, apesar do enorme programa de privatização executado pelo Governo Cardoso.

Mais recentemente, após a desvalorização do real, as condições estruturais precárias do país, de dependência externa e fragilização financeira do setor público – aprofundadas nos últimos anos com as políticas liberais –, permanecem as mesmas; em que pese uma situação conjuntural menos dramática do que aquela imaginada inicialmente, quando do início da crise cambial”.[1]

4.      Metodologia

Aula expositiva Redemocratização política e econômica nas décadas de 1980 e 90; Leitura de documentos e textos referentes ao Plano Real e ao Governo FHC; Debate com os alunos sob orientação do professor e; Análise de gráficos e tabelas referentes ao período anterior e posterior à implementação do Plano que abordem: elevação da taxa de juros, intensificação das privatizações; crescimento da dívida pública e aumento do desemprego.

4.1  Tipo de pesquisa e universo do estudo;

A pesquisa a ser desenvolvida será de cunho histórico, uma vez que o objetivo dela é a compreensão de um processo político que norteou o desenvolvimento brasileiro por quase toda a história recente do país. Ela abrangerá às principais medidas que propiciaram ao Plano Real controlar a inflação – políticas neoliberais: privatizações, Estado-mínimo, juros altos –, bem como as consequências de sua implementação – aumento da dívida pública, desemprego e precarização dos serviços públicos.


4.1.1        Público a ser envolvido

A proposta de pesquisa será desenvolvida com alunos do 2º e/ou 3º ano do Ensino Médio, sendo que a maioria dos envolvidos possui idade entre 16 e 18 anos.

4.2  Recursos didáticos: mídias e tecnologias a serem utilizadas;

O uso do computador doméstico pelos alunos será constante, pois será através dele que os alunos terão acesso aos textos disponibilizado pelo professor e a informações sobre o assunto na internet, bem como poderão se interagir por um grupo criado no Facebook para promover a discussão entre eles e com o professor; Ao longo das discussões o acesso à internet pelo celular e/ou computador portátil será muito bem vindo, pois assim será possível esclarecer boa parte das dúvidas que surgirem com muito mais praticidade e rapidez e; Os gráficos e tabelas serão apresentados através de projeções com datashow.

4.3  Dinâmica da atividade

As atividades ocorreram tanto em sala de aula, quanto fora dela. A parte de pesquisa e estudo ocorrerá em momentos fora da sala de aula, em casa ou até mesmo dentro da escola, seja individualmente ou em grupo – como os alunos acharem melhor. Parte da discussão será online, através de um grupo no Facebook e a outra parte será na sala, com todos reunidos e expondo de uma maneira mais condensada o seu entendimento e a sua contribuição. Além disso, será ministrada uma aula expositiva de contextualização histórica do período no qual o Plano Real se insere e outra dialogada para cobrir eventuais pontos deixados de lado pelos alunos.

5.      Cronograma de trabalho - proposta das etapas a serem realizadas

A atividade será dividida em 4 etapas: A primeira delas será a de contextualização, através de uma aula expositiva, do período anterior à implementação do Plano Real – cujo objetivo é explicar o funcionamento dos planos que o antecederam e entender o desenvolvimento político-econômico do país naquele período; A segunda etapa será a de estudo e discussão online acerca do Plano Real a ser realizado fora de sala de aula e também no ambiente virtual; A terceira etapa será coletiva e em sala de aula, consistirá no debate entre os alunos com orientação do professor, neste momento haverá a exposição de alguns números que os ajudarão a compreender o cenário social antes e depois do plano no Brasil – este momento poderá durar até duas aulas; Por fim, a última etapa será uma aula dialogada com objetivo de trazer à tona quaisquer pontos que tenham sido negligenciados durante o debate, consumindo não mais do que uma aula. No total serão gastos no máximo quatro encontros ou aulas.

6.      Referências bibliográficas

FAUSTO, Sérgio. Modernização pela via democrática. In: FOUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da USP, Ed. 14ª, 2012, p.467-522.

FILGUEIRAS, Luiz. História do Plano Real, São Paulo: Boitempo Editorial, 2000.

FILGUEIRAS, Luiz. Reestruturação produtiva, globalização e neoliberalismo: capitalismo e exclusão social neste final de século. In: Cadernos do CEAS, Salvador, set-out/1997, nº171, p.9-29.

SUASSUNA, Luciano e NOVAES, Luiz A. Como Fernando Henrique foi eleito presidente, São Paulo: Contexto, 1994.


[1] FILGUEIRAS, p.116.

A Escola ideal não existe



Esta atividade foi proposta para os alunos do 9º ano da Escola Ana Letro Staacks, em Timóteo, no dia 12/09/2013 (quinta feira) durante a aula de história, sob minha orientação. Eu sugeri que a redação fosse produzida em duplas e na sala, desta forma, em conjunto, eles poderiam discutir o que seria adequado numa escola ideal e a possibilidade da execução de suas ideias. O que percebi, de uma maneira geral, é que há uma grande insatisfação, por parte dos alunos, com a escola, mas variando os motivos desta insatisfação.
As duplas foram formadas pelos próprios alunos de acordo com as afinidades em sala de aula, o que percebi é que na maioria das duplas, os alunos tinham o mesmo perfil: grau de comprometimento, sexo e notas. As duplas cujos alunos têm um perfil mais comprometido o desejo, em linhas gerias, era o de endurecimento das normas do sistema educacional: reprovação, diminuir as oportunidades de obtenção de nota e recuperação, mais rigor e punição para aqueles que atrapalham a aula. Já as duplas cujo perfil dos alunos era de um comprometimento mais flexível, o desejo de mudanças se concentrou mais nas questões físicas da escola: salas mais vazias, menos avaliações e mais momentos extraclasse. E nas redações dos alunos com mais dificuldade de aprender neste modelo de escola houve sugestões das mais variadas possíveis. Uma dupla chegou a sugerir o fim da escola, pois, segundo eles, não aprendem nada. Em outras duas redações os alunos propuseram que a escola deveria ensinar-lhes uma profissão. E vários deles reclamaram dos professores, por pegarem muito no pé deles.
Embora tenha havido um padrão nas redações de acordo com o perfil dos alunos, houve também um consenso no que tange a informatização do sistema educacional. Muito alegaram não ver a necessidade de se estudar tantas coisas e que não veem a possibilidade de se empregar tudo aquilo na vida deles. O que percebi é que eles precisam aprender a estudar, a escola ainda é muito centrada no professor e trata o aluno como um ser passivo dentro da sua estrutura. Todavia, sempre que tento dar mais autonomia para os alunos acabo me desiludindo, pois percebo uma enorme falta de vontade deles de buscar o próprio conhecimento. Para eles é muito mais prático ter alguém que os ensine do que buscar por si próprio o conhecimento.
O texto do Musacchio o autor fala bastante do uso de TICs na educação, todavia, assim como outros textos que já li, não apresenta algo palpável. A informação está disponível, basta procurar. O problema é que não há interesse, e colocar a responsabilidade de provocar este interesse nos professores não é justo uma vez que cada pessoa tem a sua individualidade, suas demandas, suas formas de serem estimuladas e suas necessidades. Além do mais, nós somos preparados para ser uma ponte entre aquele que tem vontade de aprender e o aprendizado e não para animar auditório. Ainda neste texto, o autor fala da necessidade de se mudar a escola, concordo com ele. Todavia, concordo também com a dupla que disse que a escola deveria acabar – certamente eles falaram isso por não gostarem de ir até ela, e não pela possibilidade do acesso ao conhecimento de casa. Se, como disse o autor, o conhecimento está disponível em qualquer lugar, e está mesmo, a escola não faz mais sentido, nem mesmo como local de encontro, uma vez que todo o debate que produz conhecimento pode ser realizado virtualmente. A escola ainda existe porque ela faz parte de um projeto político-ideológico de submissão das massas através de um excesso de conteúdos que a impede de ter tempo se quer de raciocinar, pois de duas uma: ou a pessoa é comprometida com a escola que mal tem tempo de refletir, ou ela não é comprometida e se quer tem condição de poder refletir sobre o que se passa à sua volta; os que estão no meio termo, o que tenho observado é que o grau de comprometimento só tem diminuído e em pouco tempo também não terão condições de fazer uma reflexão mais aprofundada. E não adianta o professor querer colocar a semente da dúvida na cabeça de seus alunos, pois como disse o professor Delval, “os valores, assim como o conhecimento, devem ser formados pelos sujeitos. Não podem ser transmitidos”.

Os desafios à implementação das TICs no processo ensino-aprendizagem



O texto “Educar com TICs: o caminho entre a excepcionalidade e a invisibilidade” aborda de uma maneira objetiva o papel do professor numa sociedade cada vez mais informatizada, no entanto há sim grandes dificuldades para que nós educadores nos transformemos neste profissional condizente com as demandas de um mundo altamente globalizado. O texto aborda alguns desses pontos, mas esquece de algo que vejo como imprescindível para alcançarmos uma educação de qualidade: a atuação da família no processo de aprendizagem. Sem sombra de dúvidas todas as famílias estão preocupadas com o futuro de seus filhos, mas são poucas as que de fato estão presentes na vida escolar deles. Afirmo isto porque observo a baixíssima presença dos pais nas reuniões escolares e menos ainda são aqueles que vão à escola sem serem convidados para uma reunião.
A atuação da família se torna importante, pois ela quem fornecerá as virtudes necessárias para que ocorra o processo de aprendizagem, como por exemplo: o respeito, o comprometimento, a responsabilidade, a solidariedade, as boas maneiras e a tolerância. Porém o perfil de alunos que encontramos, infelizmente nem sempre condiz com esses valores. E não adianta a escola trabalhá-los sendo que em casa eles não têm o exemplo. O professor percebe isso só de conversar com os pais, muitos deles também não possuem tais valores e outros tantos veem a escola como uma creche. Logo, se não há incentivo ao aprendizado na maioria dos casos, mesmo que com professores altamente capacitados o processo de aprendizado dificilmente ocorrerá.
Embora eu tenha pouco tempo de docência, apenas um ano, pude observar que há dois grandes problemas para a implementação das TICs na educação. O primeiro deles é físico. Não há recursos suficientes e adequados disponíveis nas escolas; o segundo é ideológico. Boa parte do professorado é de uma geração que teve pouquíssimo contato com novas tecnologias: seja durante sua infância, formação e/ou prática docente. Eles sabem que é importante o uso de tecnologias de comunicação e informação na educação, mas não sabem qual a importância. Prefiro me ater a este segundo problema, pois não quero parecer que estou jogando minhas responsabilidades na falha dos outros.
A resistência maior que percebo, decorre da falta de motivação dessas pessoas em mudar suas estratégias de dar aulas. E nisto inclui o fato deles terem nenhum ou pouquíssimo contato com o desenvolvimento tecnológico das novas mídias. Além do mais, as pessoas ainda enxergam a escola como detentora do monopólio do conhecimento, e isto dificulta a sua difusão uma vez que seus agentes não exploram as outras formas de atingi-lo. Eu sempre que posso faço uso dessas novas tecnologias, todavia ainda vejo que as minhas aulas são muito centradas em mim, e não nos alunos. E infelizmente eu ainda não consegui reverter esta situação, pois toda vez que tento a adesão à estratégia é muito baixa. Muitos alunos pouco se interessam pela exploração de novas ideias e se sentem mais confortáveis quando têm alguém para transmitir aquilo para ele. Com isso, para evitar maiores prejuízos eu opto por recorrer ao modelo tradicional de educação. Mas no meu interior eu tenho plena convicção que este método está longe de ser o mais adequado, todavia eu tenho plena consciência da minha limitação de teatralizar a dinâmica da aula. Por mais que digam que os professores devem tornar o conhecimento algo prazeroso e atrativo para os alunos, eu sei que ele não é. O acesso ao conhecimento, devido à sua infinidade, é algo monótono, cansativo, pouco palpável e cujos resultados são para o longo prazo. E como vivemos numa sociedade imediatista as pessoas, sobretudo os jovens, não conseguem se concentrar muito em buscá-lo. Além do mais, as profissões estão cada vez mais especializadas, logo se torna inconcebível para um estudante da educação básica ver a necessidade de se estudar tanta coisa tão diversificada, sendo que quando ele chegar ao mercado de trabalho vai precisar de pouco daquilo que aprendeu. Hoje eu percebo que não funciona bem assim, mas eu não sei explicar com palavras esta importância para meus alunos.
Embora haja muitas críticas ao sistema público de educação no Brasil, eu acredito que ele só mudará quando as pessoas, independente de quem sejam, começarem a agir. Muitos de nós professores reclamamos, não sem razão, mas também fazemos menos do que poderíamos, as vezes até transferimos nossas responsabilidades para as falhas ou faltas dos outros. Mas o que percebo é que a grande maioria, mesmo com tantos problemas, gosta daquilo que faz. O que precisamos na maioria dos casos é de reconhecimento e incentivo. Eu pelo menos sempre me sinto realizado quando vejo algo que planejei dando certo, e o uso das TICs sempre me dá uma resposta favorável por perceber que os alunos ficam realmente envolvidos naquilo.

As mídias no meu dia a dia



O uso de mídias tecnológicas é uma prática comum no meu dia a dia. E nesta semana foi ainda mais intenso devido a um trabalho realizado com meus alunos de 6º ano. Narrarei o dia de ontem, quinta-feira (05/09/2013) que no geral não se diferencia dos demais.
 Antes mesmo de acordar já estou a utilizar alguma mídia, no caso o meu celular, pois é ele que sempre toca às 05h50’ para eu acordar. Depois de desligá-lo, vi as manchetes de alguns jornais através de um aplicativo de notícias que tenho no meu aparelho e li algumas notícias. Ainda na cama, acessei o Facebook pela primeira vez no dia, chequei a caixa de entrada do meu e-mail e li as tarefas que havia agendado para hoje.
 Já na escola que dou aula de manhã, nas turmas de 9º ano havia um trabalho para ser recolhido. Dois alunos que alegaram ter tido problemas para imprimi-lo permiti que me enviassem o trabalho por e-mail até às 13hs de ontem, apenas um enviou. Nas turmas de 2º ano dei aula expositiva utilizando projeções de slides que me auxiliam na aula. Nesses slides eu organizo o assunto da aula em tópicos e aproveito pra inserir mapas e imagens que ajudam os alunos a compreender melhor a matéria.
 Ao terminar a aula da manhã fui para a escola da tarde e no intervalo entre os turnos aproveitei para checar novamente meu e-mail e Facebook, além de conversar com um amigo através do Whatsapp. Durante esta semana, no 3º encontro com cada turma levei-as para o laboratório de informática da escola para que pesquisassem sobre os temas de seus trabalhos. Ontem foram três turmas, em todas elas a atividade com o computador fluiu muito bem. Ao formar os grupos pedi aos alunos que pelo menos um dos integrantes soubesse mexer no computador, desta forma ele poderia auxiliar os que não soubessem, e de fato isto ocorreu. Vi vários alunos ajudando os colegas com o manuseio da máquina e praticamente todos estavam envolvidos na atividade.
 Quando cheguei em casa liguei meu notebook para preparar as questões do simulado que haverá semana que vem na escola da manhã e comprei uma passagem aérea para uma viagem que vou fazer no mês que vem. Conversei com outro amigo através do Skype no meu celular e assisti a um telejornal pela televisão. Para dormir, coloquei no computador, através do Youtube, um documentário para assistir até pegar no sono.